O que há nesses olhos?
Oculares esfinges a ponto
de me devorar. Não digo.
Fujo e não respondo.
Segredos de minha ausência,
Quando teus olhos ainda não
miravam os meus. Não no
tempo que eras desconhecida.
Esses olhos... o que vai por aí?
Vestígios de dor e condolência.
Mas pelo que lacrimejam esses
olhos? Mistério! Peço clemência!
O que vejo não sei ocultar.
Devo abrir mão de tal escolha?
Devo manter-me em mudez?
Esses olhos... tanta lucidez...
O que há nesses belos olhos
onde habitam minhas indagações?
Quebra-cabeça tão desafiante,
Minhas elucidações não são o bastante.
O que vejo nesse olhos, vejo.
Mas não leio as inscrições crivadas
de enigmas. Leria eu tais segredos
se a ti conhecesse há tempos?
Ah... esses melancólicos olhos...
Reservam perguntas, elucidações
mistérios de outrora. Mas já passa
da hora de se abrirem e viverem.
O que esconde esses olhos?
O que vai tão distante aí?
O que se passa nesses olhos?
Inconveniente eu, tento descobrir.