
Um cão passeia sem olhar.
Na obscuridade da neblina,
Os espíritos que guardam o dia,
Adormecem ao som do trovão.
Um homem perdido caminha.
Na ilusão de suas contradições,
Escorrem pelas valas urbanas
o que lhe resta, o que lhe contamina.
Um gato apressa o seu passo.
Nas primeira gotas de chuva,
Suas patas inundam-se e calam-se.
O seu ruído não é mais de felino.
Não caminham lado a lado.
Um em cada ponto da rua.
E não dissipa-se a neblina,
Que atormenta a fria manhã.
0 comentários:
Postar um comentário