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Eram quatro patas na pisada.
Eram crateras vivas que ficavam.
Caminhava por ali sorrateiro.
As folhas se desprendiam. Choviam.
Seu olhar claro vidrou o meu.
Era perigo natural. Era graça.
Inerte e visível ficava ali,
E meu corpo não tinha ação.
O vento balançava o pêlo,
Seu olhar desviava por segundos.
E voltavam fulminantes a mim,
Que lívido o apreciava de perto.
A pelagem era cinzenta.
Parecia assim fria e morta,
Parecia veludo estampado
dos anos que ali passou.
Uivou em sinal secreto,
Não era perceptível aos humanos.
Calou-se e deixou pelo ar o eco,
Que encheu a floresta de som.
Era selvagem, de certeza.
Podia ser mais do que isso.
Na verdade era um encontro.
E chispou dali sem ruído.
1 comentários:
É INCRÍVEL COMO VOCÊ CONSEGUE COM PALAVRAS FAZER UMA DESCRIÇÃO TÃO SUTIL.
Parabéns !
Continue assim e mais....
Graça Matos
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