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QUARTO SEM JANELAS (Wilson Macêdo Jr.)




Apenas ouço o silêncio que corta a porta.
De guarda estão meus velhos paletós,
Que agora cheiram a antigamente.

Como uma névoa que me arrepia a espinha,
O silêncio vem perturbar uma paz que não tenho.
Agora há cantos proferidos por grilos inquietos.

Tenho os braços cruzados e toco minhas costelas.
Estou em vestes alvas, seguras, paredes acolchoadas,
Não há janelas. Ainda bem! A loucura não pode entrar.

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