A minha retina espanta-se ao cabo do dia.
Os espectros de um pôr-do-sol calado,
Ensurdecem, enlouquecem os velozes pássaros,
E a mim também retardam o raciocínio.
Não tenho asas, de fato sei que não passo
de um calado fantasma sem correntes aos pés,
Um cão sem presas solto no meio do quintal,
Um livre animal, mas preso pelo marasmo.
Sou eu, uma águia muda no fim da tarde,
Um falcão sem garras sobre a presa,
Um leão sem patas, em maio na savana,
Sou eu, alguém sozinho na calamidade.
Os espectros de um pôr-do-sol calado,
Ensurdecem, enlouquecem os velozes pássaros,
E a mim também retardam o raciocínio.
Não tenho asas, de fato sei que não passo
de um calado fantasma sem correntes aos pés,
Um cão sem presas solto no meio do quintal,
Um livre animal, mas preso pelo marasmo.
Sou eu, uma águia muda no fim da tarde,
Um falcão sem garras sobre a presa,
Um leão sem patas, em maio na savana,
Sou eu, alguém sozinho na calamidade.
2 comentários:
Passei para conhecer
teu cantinho.
É lindo e aconchegante.
Tua escrita encanta e convida.
Parabéns.
Beijinho
Glória Salles
Estou aqui outra vez...
Tomei a liberdade de linkar
teu blog ao meu, para ter o
prazer de te ler sempre.
O poema???
Que lindo!!
A palavra implícita no verbo arrojado que flui livre,
numa cadência crescente a cada verso.
Beijinho
Glória
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