NA AREIA (Wilson Macêdo Jr.)
Postado por
Revista Destak
às
8/29/2009
Os raios do sol me açoitam com farpas ultravioletas.
Meu corpo inerte toma de um gole de cansaço e tomba,
E se perde na cândida praia sem cão nadador e atleta.
Como se eu fosse parte da areia e sua essência,
Formigam minhas vísceras que agora parecem externas,
A praia transfigura-se em cinza e agora quem castiga é a chuva.
Nesse misto de areia e água forma-se lama de desespero,
Uma argamassa amarga e pronta para edificar o meu corpo.
E deixo que na próxima onda o que restou
se esvaia a galope torpe fora de mim.
Hipnose,
Sonolência,
Letargia.
Sinônimos do meu fim.
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1 comentários:
Lindo. Como se pode chamar de lindo versos a exprimir um fim?
Ah, o poeta.Fingidor, reconstrutor, criador de emoções...
Ah, o poeta, esse ser indecifrável capaz de transformar a tristeza em pura onda de beleza, em outros corações. Um misto de emoção, alegria e tristeza em cada verso cantado.
Ah, você, poeta amigo a tingir de encantamento o meu coração.
Parabéns e um grande abraço.
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