A FOTOGRAFIA E A TARDE (Wilson Macêdo Jr.)
Postado por
Revista Destak
às
5/06/2009
Acorrentam-me os versos dessa poesia esfacelada.
Não culpo o vento por soprar tão frio, vespertino e velado.
Degolam-me artilharias de sinônimos inúteis e fáceis.
Amor e rima calada, nesse festival descompassado.
Tua foto empoeirada na estante de portas rangentes,
Relembra-me o impossível vivido nos meus sonhos.
O grito que não posso dar reverbera minhas entranhas,
E os anjos do alto tecem comentários tão irônicos.
Riam-se superiores e tão solitários seres alados!
Olhem com olhos divinos o meu lento desfalecer.
Meus dedos já não tocam a fotografia de tons amarelados,
Meus olhos marejam ao contemplar esse amargo entardecer.
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1 comentários:
Parabéns, lindíssimos versos.
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