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O BEIJO (Wilson Macêdo Jr.)




Ah... doce morte que me vem
como alento, correntes partidas,
rio interrompido, mar secante.

Como são frios seus braços
de anúncio do nunca mais,
aqui, nunca mais, os laços.

Parto. Não sofro. Suspiro.
Desiguais são as verdades.
E o que isso é? Verdade?

Tomara que seja assim,
que o beijo frio que me anseia,
que tanto me deseja... seja o fim.

1 comentários:

Junior, você sempre surpreende
com este estilo de fundo melancólico, porém requintado de
palavras que se misturam e culminam num belo poema.
Parabéns!

Graça Matos
26/01/09