
Sim, haviam pedras de nomes santificados,
Haviam gemas danificadas, soluços cravejados,
Havia calor, chuva, havia então o mar.
Havia canto doce das sereias afogadas,
Algas sem cor pelas areias esparramadas,
Haviam canções que não podiam ser cantadas,
Havia chuva, havia o mar e então calor.
Havia um cão correndo e banhando-se nas águas,
O seu lento dono corria e não lhe alcançava,
Um anzol sereno ansioso nas areias descansava,
Havia linha, haviam iscas, não havia pescador.
E de tudo o que vi naquela manhã abandonada,
Havia um mar morrendo em sua matutina retomada,
Passos na areia que a deixava desfigurada,
Havia tristeza, havia solidão, não havia amor.