Quando eu me libertar dessas correntes
que fazem desse claustro o meu lar,
irei mais rápido que o vento
teus olhos azuis cegamente procurar.
Mesmo o tempo sendo ingrato
por eu ter tripudiado dos meus dias cansados,
em algum momento perdido nesse tempo
como um raio tuas claras mãos irei buscar.
Quando o silêncio que ensurdece minha alma
decidir me libertar do vazio que é o meu sono,
gritando irei teu nome chamando pela madrugada
até que eu possa te encontrar em um sonho.
Mas quando essa porta pesada e rangente se abrir,
Quando a corrente que me prende se partir, meus pés correrão ansiosos,
minhas mãos se estenderão sedentas procurando as tuas claras palmas,
E meus olhos tão negros e mortos nos teus azuis irão se refletir.
1 comentários:
Oi ,Junior,
Belíssimo poema, tão perfeito que cheguei a vislumbrar os "olhos azuis"
numa clareza que somente a profundidade poética é capaz de desencadear.
Parabéns!
Parabéns! também pela sua poesia contemplada na coletânea poética .
Graça Matos
www.inquietalitera.blogspot.com.br
Postar um comentário