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ESPERA, ARACI


















Espera, Araci. Espera o sol.
Espera a chuva, Araci, que ela
É tua amiga, tua saída,
Espera o peixe, esquece o anzol.

Espera na curva, amiga. Espera.
Espera com as mãos estendidas,
Espera a colcha que não seca,
Fecha os olhos, abre as mãos.

Quando amanheceres desiludida,
Quando te irritares a arruaça da cria,
Espera que a vida um dia te cega,
Levando-te pro mar sem fim.

Espera no barquinho, minha amiga, espera.
Espera que uma hora o vento te leva.
E quando de súbito deres por ti,
Não haverá espera, nem Araci, nem sol.

1 comentários:

Olá Junior,
A espera ,nos espera monitorada pelo
tempo;se faz necessária , por vezes demasiada, mas nunca sabemos ao certo,pois ,seu fruto a esperança nos
move , nos aquieta , nos engessa ,nos
revive valores e dissabores.
Parabéns! belo poema
Um grande abraço,

Graça Matos
inquietalitera.blogspot.com