Se o mar sagrasse o meu afogo,
Se gaivotas melodiassem à tarde
e o vento esculpisse o que leva,
Seria hoje o dia partir.
Uma partida breve e sonolenta,
Um entregar-se sem recompensa.
Seria hoje o dia de partir
se o mar aflito me assistisse.
Seria uma partida cândida,
Um acenar para um distante futuro,
Um acerto no alvo no escuro,
Um acorde que se estenderia pela manhã.
Se a lua banhasse o meu olhar,
Se o seu reflexo incidisse no mar,
O meu imergir seria despercebido.
O meu mergulho seria caudaloso.
2 comentários:
Olá amigo! Parabéns pelo poema.
Mas, hoje vim mesmo foi te desejar um feliz 2010, pleno de saúde, paz e prosperidade.
Abraços.
Olá Junior,
Partir nos remete ao novo, mas também
ao incerto.
Como sempre, profundo, Parabéns!
Graça Matos
www.inquietalitera.blogspot.com
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